Sammy Hagar explica razão pela qual voltou a tocar bastante Van Halen ao vivo

Vocalista decidiu prestar tributo à banda que integrou no passado com a turnê "The Best of All Worlds"

Desde julho, Sammy Hagar está excursionando com uma turnê em homenagem ao Van Halen. Intitulada “The Best of All Worlds”, a série de shows presta um tributo à banda que integrou como vocalista entre 1985 e 1996, com um breve retorno de 2003 a 2005. 

Em seus giros mais recentes, o Red Rocker tocava poucas canções do grupo. Faixas como “Finish What Ya Started”, “Dreams”, “Best of Both Worlds” e “Right Now” até apareciam nos setlists, mas o cantor optava por priorizar outros trabalhos da carreira solo. 

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Agora, porém, o repertório atual é quase inteiramente dedicado ao Van Halen. Em recente entrevista à rádio KSHE 95, o artista explicou por que resolveu destacar o catálogo de sua antiga banda nas performances. 

Segundo o vocalista, a decisão surgiu quando percebeu que se ele e o baixista Michael Anthony não idealizassem uma apresentação para celebrar o Van Halen, nenhum dos outros antigos membros do grupo o faria. Assim, conforme transcrição da Ultimate Guitar, explicou: 

“Na última vez que o Van Halen fez turnê, tocávamos cerca de 14 músicas do Van Halen. Agora, tocamos 15 músicas do Van Halen, com três delas sendo da era Roth. Então, estamos tocando mais músicas do Van Halen do que quando eu estava no Van Halen. Eu fiquei um pouco nervoso sobre isso, pensando ‘o que as pessoas vão pensar que estou fazendo? O que eu estou fazendo?’. Mas estamos fazendo isso porque ninguém mais faria, certo?”

Para exemplificar, o cantor mencionou como David Lee Roth, a quem substituiu e vive trocando farpas publicamente, continua afastado dos palcos. O mesmo vale para o baterista Alex Van Halen, que até leiloou mais de 350 itens acumulados durante a carreira no início deste ano:

“Eu realmente sinto que Mike e eu temos uma responsabilidade. Caso contrário, eu não tocaria tantas músicas do Van Halen. Quer dizer, se o Van Halen ainda tocasse, eu cantaria só as cinco ou seis músicas normais do Van Halen que sempre cantei. Mas Alex vendeu suas coisas, ele parou totalmente. Dave diz que se aposentou e ele certamente não tocaria as músicas que gravei. Então somos os únicos que sobraram para fazer isso, cara. Vamos deixar essas músicas morrerem? Claro que não.”

Anteriormente, Hagar já havia mencionado tal justificativa. Ao aparecer no programa The Howard Stern Show em novembro último, pontuou: 

“Mike e eu trabalhamos juntos há bastante tempo e conversamos sobre [tocar músicas do Van Halen] o tempo todo, sempre deixamos isso de lado, mas chegou a hora, ninguém irá fazer isso. Se Dave [Lee Roth] fizer algo parecido… você sabe, ele não consegue cantar minhas músicas. Mas nós podemos cantar algumas das primeiras músicas do Van Halen [na turnê], não tive nenhum problema com isso. Fiz isso quando estava no Van Halen. Tocamos ‘Ain’t Talkin ‘About Love’, até ‘Jump’ […]. É realmente uma celebração de tudo e nós somos os únicos que poderiam fazer isso.

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A visão de Michael Anthony

Michael Anthony não esconde a estranheza diante do cenário atual. Durante participação no programa de Eddie Trunk, o baixista de 70 anos confessou que não imaginava que acabaria sendo o único membro original do Van Halen a permanecer na estrada depois de tanto tempo. 

De acordo com transcrição da Ultimate Classic Rock, ele destacou: 

“Eu realmente não penso conscientemente que sou o único membro [que ainda toca]. Eu sou o único músico da banda original que continuou tocando. Sempre imaginei que teria sido Eddie e Alex ou qualquer outro que continuaria depois que todos tivessem ido embora ou que tivessem terminado a carreira ou quando todos não se dessem mais bem. E aqui estou eu, eu sou esse cara.”

Sammy Hagar e “The Best of All Worlds”

Organizada pela Live Nation, a turnê “The Best of All Worlds” conta com apresentações por América do Norte e Japão até setembro. Datas e mais detalhes podem ser conferidos no site RedRocker.com.

Além de Sammy Hagar, o baixista Michael Anthony, que fez parte do Van Halen entre 1974 e 2006, também participa da excursão. Completam a formação o guitarrista Joe Satriani, parceiro do vocalista e Michael no já findado Chickenfoot, e o baterista Jason Bonham — embora tenha sido substituído em alguns shows por Kenny Aronoff, também envolvido com o Chickenfoot. Por fim, o músico de apoio Rai Thistlethwayte tem assumido primariamente teclados.

Normalmente, o setlist da excursão contém 21 músicas, a maior parte do catálogo do Van Halen. Há espaço para hits da era Van Hagar, como “Why Can’t This Be Love”, “When It’s Love”, “Right Now” e “Poundcake”, além de faixas um pouco mais obscuras do período, a exemplo de “5150”, “The Seventh Seal” e “Judgement Day”.

A fase David Lee Roth contou com três acréscimos: “Panama”, “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love” e “Jump”. Ainda aparecem canções da carreira solo de Hagar, a exemplo de “I Can’t Drive 55”, “Eagles Fly” e “There’s Only One Way to Rock”. Em número solo, Joe Satriani executa “Satch Boogie”.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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