Corey Taylor ranqueia suas tretas da mais pesada à mais leve

Vocalista do Slipknot relembrou brigas com Fred Durst (Limp Bizkit), Machine Gun Kelly e Chad Kroeger (Nickelback) em desafio para o YouTube

Corey Taylor costuma falar o que pensa sobre inúmeras situações. Não é à toa que o vocalista do Slipknot e Stone Sour acabou arrumando muitas brigas por causa de suas opiniões públicas. 

Por isso, ao quadro “Hot Ones” do canal do YouTube First We Feast, o cantor foi desafiado a ranquear as tretas que esteve envolvido nos últimos anos – da mais pesada à mais leve. 

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Antes de começar, ele mesmo reconheceu que deixou seu ego falar mais alto em muitas ocasiões. Segundo o próprio, conforme transcrição da Loudwire, suas “inseguranças” e “arrogância” moviam as declarações que emitia: 

“Se eu fosse responder com meu eu atual, diria que muitas coisas que eu disse foram baseadas no meu próprio ego, minhas próprias inseguranças, minha própria arrogância.”

Ainda assim, o artista não recusou a brincadeira e relembrou algumas das tretas. Ao todo, elencou três embates, na seguinte ordem.

As brigas de Corey Taylor

Primeiro lugar: Fred Durst 

Em primeiro lugar como a “mais pesada”, Corey colocou toda a troca de farpas com Fred Durst, vocalista do Limp Bizkit

Tudo começou no final dos anos 1990, quando o frontman do Slipknot criticou David Silveria, baterista original do Korn, por ter feito campanhas publicitárias para marcas famosas. Inclusive, Taylor chegou a queimar revistas com as fotos do músico durante shows. 

Incomodado com o gesto, surgiram rumores de que Durst passou a chamar os fãs dos mascarados de “crianças gordas e feias”, algo que negou ter feito. Mesmo assim, não adiantou muito.

Corey afirmou que insultar os fãs do Slipknot também significava insultar os fãs do Limp Bizkit. Durst tentou acalmar a situação ao afirmar que desejava diminuir a tensão entre as duas partes. Taylor, por sua vez, destacou que “Fred Durst é um grande empresário, mas não um artista”. 

Olhando em retrospecto, Corey deixa claro que a questão nunca envolveu o Limp Bizkit diretamente. Porém, também não esconde que os comentários negativos feitos a respeito do Slipknot por pessoas atreladas à banda o afetavam:

“Pensando com meu ego de antigamente, no topo eu colocaria [a treta com] o Limp Bizkit. Criativamente, há tantos fatores envolvendo aquela banda que foram explorados. E meus problemas não eram nem com o Limp Bizkit, eram com Fred [Durst]. Não era sobre a banda, era sobre o que Fred representava na época, as coisas que ele dizia e sobre os membros que estavam realmente dizendo coisas sobre nós.”

Segundo lugar: Machine Gun Kelly

Na segunda posição, Corey Taylor decidiu mencionar a briga com Machine Gun Kelly.

A confusão pública começou em 2021. Durante apresentação no Riot Fest, em Chicago, realizada à época, MGK declarou:

“Ei, querem saber o que fico realmente feliz de não estar fazendo? Ter 50 anos de idade e usar uma p*rra de uma máscara estranha em um palco. P*ta m**da.”

De acordo com especulações, a provocação seria uma resposta a um comentário crítico supostamente de Corey. Em entrevista ao Cutter’s Rockcast, o cantor criticou artistas que migraram para o rock após “fracassarem” em outros gêneros.

Pouco tempo após a provocação, o vocalista do Slipknot divulgou no Twitter capturas de tela com trocas de mensagens onde recusou fazer participação especial em uma música de MGK, intitulada “Can’t Look Back”. O cantor chegou a aceitar o convite de início, mas mudou de ideia após ajustes serem solicitados em sua performance.

Ao relembrar a situação, Corey admite que o problema esteve na disputa de “egos e criatividade” nos bastidores da parceria que não aconteceu – e que ainda contaria com a colaboração de Travis Barker, baterista do Blink-182. De qualquer maneira, ele deseja boas coisas ao colega de profissão, como pontuou: 

“Eu colocaria a treta com MGK na posição do meio. Antes disso, eu tinha respeito por ele e gostava de sua música. Nós batemos de frente em termos de ego e criatividade por causa de uma música que ele e Travis [Barker] me convidaram para participar. Ele e eu somos muito parecidos e espero que as coisas estejam dando certo para ele porque eu sei que ele passou por algumas m*rd@s pesadas.”

Terceiro lugar: Nickelback

Por fim, Corey Taylor decidiu optar pela briga com o Nickelback como a mais leve. 

Em uma entrevista concedida na Suécia em 2017, o vocalista e guitarrista Chad Kroeger criticou o Stone Sour após uma pessoa no bate-papo ter citado o grupo como “diversificado” em seu som. Na ocasião, definiu a banda em questão como um “Nickelback mais leve” e ainda direcionou comentários negativos ao Slipknot, afirmando que os mascarados atrelavam sua música a truques.

Em suma, afirmou:

“Corey Taylor disse coisas realmente terríveis sobre mim para a imprensa. Ele falou que é fácil compor um hit. Então, mostre pra mim. Componha um hit. Ainda não ouvi nenhum. Eles tem algumas músicas legais, mas nada tão bom quanto o Nickelback. Eles soam como o Nickelback mais leve.”

Com a declaração, o cantor conseguiu atrair a ira dos fãs do Stone Sour, que até mesmo passaram a xingar o Nickelback nos shows. Em defesa, Corey negou que tenha dito tais palavras e chamou o colega de profissão de “idiota”, além de provocá-lo a respeito de sua aparência. No fim das contas, revelou posteriormente que os outros membros do Nickelback telefonaram para pedir desculpas.

Por isso, atualmente, ele não considera o contexto tão grave assim. Até brincou sobre gostar de uma das faixas mais famosas do grupo: 

“Colocarei o Nickelback por último. Honestamente, eles são apenas um eco musical. [Fazem sempre] a mesma coisa. Mas tem músicas deles que eu gosto. Eu achava ‘How You Remind Me’ uma música muito boa.”

Slipknot no Brasil

Em 19 e 20 de outubro, o Slipknot se apresenta no Brasil. A banda será atração principal das duas noites da edição nacional do Knotfest, seu próprio festival.

A primeira contará com um repertório “best of” de um quarto de século de atividades. Já a segunda, de acordo com informação divulgada no flyer oficial do evento, terá foco no segundo disco, “Iowa” (2001). Ou seja: nenhum dos shows será parecido com o que tem sido apresentado na América do Norte.

Confira detalhes completos sobre o festival, incluindo atrações e valores de ingressos, clicando aqui.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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