Mark Knopfler é um crítico ferrenho da própria obra. A ponto de não considerar os clássicos álbuns do Dire Straits com a mesma qualidade que seus fãs enxergam – ou escutam, no caso. Nem mesmo todo o sucesso alcançado é capaz de mudar a sua percepção sobre a obra.
Em entrevista de 1993 à revista Guitar, o vocalista e guitarrista fez uma pequena análise da curta discografia da banda. E concluiu que o nível geral alcançado não é realmente o que gostaria de exaltar.
Ele disse, conforme resgate do Far Out Magazine:
“As músicas sempre mudam conforme você as toca, especialmente no começo. Quando fizemos o primeiro álbum do Dire Straits, nós ensaiamos bastante e fizemos muitos shows. então só tivemos que entrar no estúdio, montar o equipamento e tocar. ‘Brothers in Arms’ e ‘On Every Street’ soariam muito diferentes se tivéssemos tocado as músicas primeiro. Na verdade, não acho que nenhum dos álbuns do Dire Straits seja tão bom assim.”
Ainda assim, Knopfler considera a despedida o trabalho que mais lhe traz satisfação quando olha para trás.
“‘On Every Street’ é o melhor em muitos aspectos, porque muitas das coisas foram gravadas com todos tocando juntos. Também tivemos tempo para conhecer melhor as músicas e trabalhar um pouco nos sons e arranjos. Mas eu certamente não gosto de ouvir coisas que fiz no passado. Isso me deixa muito desconfortável.”
Dire Straits e “On Every Street”
Sexto trabalho de estúdio, “On Every Street” foi o último do Dire Straits. Além dos integrantes oficiais, contou com uma série de músicos convidados, incluindo Jeff Porcaro, Paul Franklin, Phil Palmer, Vince Gill e Danny Cummings, além do lendário produtor George Martin, que conduziu orquestrações.
É o trabalho de inéditas mais longo da carreira do grupo, ultrapassando uma hora de duração em 16 segundos. Chegou ao primeiro lugar em oito paradas internacionais, vendendo mais de 15 milhões de cópias em todo o mundo.
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