Como Eloy Casagrande se sentiu por ter tocado no Brasil com o Slipknot

Batersita admitiu nervosismo e emoção durante primeiro show em seu país de origem com a banda americana: “choveu nos meus olhos”

Eloy Casagrande realizou recentemente os seus primeiros shows com o Slipknot no Brasil. Nos últimos dias 19 e 20 de outubro, a banda tocou no Allianz Parque, em São Paulo, como atração principal de seu próprio festival, Knotfest Brasil. Em ambas as ocasiões, o baterista brasileiro foi ovacionado pelo público presente no estádio. 

Antes mesmo das performances, o músico estava cheio de expectativas. À Warner Music Brasil em junho, o ex-Sepultura disse acreditar que as performances em território nacional seriam “insanas” e “uma loucura”.

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De fato, ele sentiu tal clima logo na primeira das duas noites. Nos bastidores do segundo dia do evento, antes de subir novamente ao palco, Eloy conversou com Gabriel Coelho para o canal TV Braba e revelou o sentimento por trás de sua estreia com os mascarados em seu país de origem.

Segundo o próprio, a ansiedade era a mesma do primeiro show feito junto à banda em abril deste ano. Isso porque, em suas palavras, o maior apoio que recebeu desde que virou um integrante do Slipknot veio do público brasileiro — que transformou o anúncio de sua entrada na postagem mais curtida da história da banda

Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, o baterista explicou: 

“Minha cabeça ontem [no dia 19 de outubro] e já há alguns dias estava praticamente derretendo, de felicidade, nervosismo e preocupação também. Desde que eu entrei na banda, acho que o maior apoio que eu recebi foi justamente do público brasileiro. Isso foi muito bonito de se ver, que eu tive um apoio geral dos brasileiros muito forte. E eu acho que fazer um show do Slipknot aqui foi a materialização da minha entrada na banda. Eu acho que eu estava tão ansioso para esse show quanto o primeiro que fiz com a banda.” 

Em seguida, ele reconheceu e mencionou o carinho dos fãs, que não paravam de gritar o seu nome durante todo o set. Até estabeleceu uma analogia com o futebol, dizendo: 

“Foi um misto de muitas emoções. Nervosismo, felicidade, sentimento de gratidão… eu estava com a vontade de querer subir no palco e realmente explodir em algum momento. Foi uma noite muito especial, subir no palco sendo ovacionado, tendo a plateia tocando junto com você, participando do show, jogando em casa. Acho que faz muito sentido essa frase do nosso querido futebol brasileiro.”

Emoção de Eloy Casagrande

Apesar de tentar manter a concentração na bateria, Eloy Casagrande afirmou que não conseguiu deixar de lado a emoção. Ainda mais no final, quando toda a banda decidiu ir para a frente do palco tirar uma foto com a plateia ao fundo — momento também no qual recebeu abraços e cumprimentos de alguns dos colegas. 

“Foi louco. Na hora eu não estava tentando pensar em nada para deixar justamente a música fluir mais, mas no final fui sendo tomado pela emoção. Depois a gente foi fazer uma foto da banda com o público atrás, que é algo que nunca acontece nos shows do Slipknot. Esse foi o primeiro show que eu faço com eles que a gente tirou esse momento para ir na frente, agradecer ao público e fazer a foto.”

A animação era tanta que o baterista precisou se conter, com medo ser vencido pelo cansaço. Ao relembrar a situação, brincou: 

“Eu estava bem animado, acho que eu estava mais empolgado. Foi até meio não saudável, porque chegou em alguns momentos que falei ‘cara, tenho que dar uma controlada na energia’, porque senão eu não ia conseguir chegar no final do show. Eu estava pensando ‘vou desmaiar’ [risos].”

“Choveu nos meus olhos”

Logo após a apresentação, o brasileiro não pôde conversar com os outros membros devido ao esquema de saída. Porém, no dia seguinte, teve a oportunidade de falar a respeito com o líder e percussionista Shawn “Clown” Crahan, que, como relatado, estava “muito feliz” com a passagem pelo Brasil: 

“Não consegui conversar com o pessoal ontem, porque, quando a gente saiu do show, a gente já sai no esquema para todo mundo entrar direto nas vans e ir para o hotel. Mas encontrei rapidamente com o pessoal agora, está todo mundo muito feliz, eu falei com o Clown, ele ficou muito feliz.”

Por fim, ainda brincou sobre ter chorado: 

“Acho que no final ali rolou uma comoção geral, choveu nos meus olhos na saída do palco.”

Slipknot na América Latina

O Slipknot está excursionando com a turnê “Here Comes the Pain”, que celebra os 25 anos do álbum homônimo, pela América Latina. A banda iniciou o giro em questão com as duas apresentações em São Paulo, no Knotfest Brasil, nos últimos dias 19 e 20 de outubro. 

Cada setlist na capital paulista foi único, com a primeira noite sendo dedicada aos maiores hits do grupo e a segunda ao projeto de estreia de 1999. Então, os mascarados seguiram para Assunção, no Paraguai, e, depois, para Buenos Aires, na Argentina, também como parte do Knotfest.

Agora, o itinerário é o seguinte:

  • 28/10 – Lima, Peru
  • 02/11 – Santiago, Chile (Knotfest Chile)
  • 05/11 – Bogotá, Colômbia
  • 06/11 – Bogotá, Colômbia
  • 08/11 – Zapopan, México
  • 09/11 – Cidade do México, México
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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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