Considerado um dos álbuns de estreia mais influentes de décadas recentes no metal, o debut do Slipknot não contava com solos de guitarra no formato tradicional. A ideia foi estrategicamente pensada pelos integrantes, como revelou o guitarrista Mick Thomson em recente entrevista.
De acordo com o instrumentista, o plano foi se distanciar daquilo que era considerado quase uma regra à época. Para tal, o próprio precisou até mesmo abrir mão da inclusão de algumas passagens que havia originalmente criado.
Ele disse à nova edição da revista Guitar World, conforme repercutido pelo Guitar.com:
“Bem, eu realmente tinha alguns solos em músicas, mas todos eles foram cortados. Para Ross (Robinson, produtor) e Joey (Jordison, baterista), solos de guitarra eram estúpidos naquela época. Então, qualquer tipo de técnica de tocar guitarra era ridicularizada e desaprovada. Então, sim, os leads foram retirados. A música ‘(sic)’ se chamava ‘Slipknot’ e havia um solo nela, assim como em outras. Mas eles foram simplesmente removidos.”
Mick Thomson, Ross Robinson e a exclusão dos solos
Ainda assim, Thomson considera que a experiência de ter trabalhado no primeiro disco com um produtor já renomado foi importante para sua carreira.
“Aprendi muito com Ross e isso que importa. O fato é que crescemos em uma era onde você tinha um ou dois solos ao menos em todas as músicas no metal. E era apenas uma questão protocolar, você tinha que encaixar algo, já havia um espaço reservado no arranjo para aquilo.”
Mesmo compreendendo, o músico reconhece que ter passado pelo veto o machucou.
“Foi uma dessas coisas em que eu fico tipo: ‘Passei a vida inteira tocando e agora aqui estou eu, e… não! Deixa pra lá! Acabou tudo!’. Sabe? Tipo: ‘Só tire tudo de mim. Isso é legal! Não importa que eu fiquei sentado no meu quarto por anos obcecado e tentando fazer qualquer coisa, e então aqui estou eu e… não!’.”
Slipknot atualmente
O Slipknot vem fazendo uma série de shows celebrando os 25 anos do lançamento de seu primeiro álbum. Para tal, os músicos adotaram uma identidade visual que remete à época. As apresentações nos Estados Unidos estão sendo as primeiras a contar com o baterista brasileiro Eloy Casagrande.
Em 19 e 20 de outubro, o grupo se apresenta no Brasil como atração principal das duas noites da edição nacional do Knotfest, seu próprio festival. A primeira contará com um repertório “best of” de um quarto de século de atividades.
Já a segunda, de acordo com informação divulgada no flyer oficial do evento, terá foco no segundo disco, “Iowa” (2001). Ou seja: nenhum dos shows será parecido com o que tem sido apresentado na América do Norte.
Confira detalhes completos sobre o festival, incluindo atrações e valores de ingressos, clicando aqui.
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Foi exatamente isso que me fez prestar atenção neles no começo dos anos 2000. Não era aquela coisa de um cara supervirtuoso, mala pra caramba, fazendo firulas, licks, arpejos e disfarçando seus erros com wah wah…