Morreu na última quinta-feira (24), aos 89 anos, o cineasta Vladimir Carvalho. Nascido em Itabaiana, Paraíba, foi reconhecido como um dos expoentes do movimento cinema novo, que se destacou no Brasil entre os anos 1960 e 70. Produziu mais de 10 documentários sobre temas relacionados à história nacional.
Entre suas obras aclamadas está “O País de São Saruê”, sobre as secas constantes na região de Rio do Peixe, em seu estado natal. Lançado em 1971, foi censurado pela ditadura militar e retirado da programação Festival de Cinema de Brasília. Em protesto, a comissão de seleção do evento se retirou.
Outros filmes de destaque foram “O Homem de Areia” (1981), “Conterrâneos Velhos de Guerra” (1991) e “Barra 68” (2000). Esse último resgatou histórias sobre as agressões que a Universidade de Brasília sofreu com a ditadura militar e a dura repressão que se seguiu.
“Rock Brasília – Era de Ouro”
O trabalho mais recente do cineasta foi “Rock Brasília – Era de Ouro”, disponibilizado em 2011. Realizado em parceria com o Canal Brasil, o documentário retratou a cena roqueira na capital federal no início dos anos 1980. O movimento gerou bandas como Paralamas do Sucesso, Plebe Rude e Aborto Elétrico – que por sua vez acabou originando Legião Urbana e Capital Inicial.
Vladimir Carvalho havia sofrido um infarto no último dia 5 de outubro. Chegou a se recuperar, mas seu estado progrediu para uma falência renal, que acabou sendo a causa da morte.
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