O assassinato de John Lennon, em 8 de dezembro de 1980, foi um dos eventos trágicos mais marcantes da cultura pop em todos os tempos. O momento serviu como um despertar coletivo, dando um ponto final em qualquer possibilidade de reencontro dos Beatles – além do fim da inocência para quem se propunha a seguir o que “Give Peace a Chance” pregava.
O que foi uma surpresa para muitos acabou não sendo tanto para pessoas próximas. Elliott Mintz, amigo íntimo que trabalhou como porta-voz, revelou uma história que permanecia inédita no livro “We All Shine On: John, Yoko, and Me”. A obra foi lançada no último dia 22 de outubro.
Em um trecho compartilhado recentemente com o The Times (via Ultimate Classic Rock), o autor lembrou de quando implorou a Yoko Ono para concordar com uma entrevista de rádio para combater a desinformação sobre seu falecido marido. Ela respondeu dizendo que verificaria com seus “conselheiros”, vários leitores de tarô e numerólogos em quem confiava.
“Questionei: ‘Yoko, deixe-me perguntar uma coisa. Se esses conselheiros são tão bons quanto você acredita que são, por que nenhum deles viu o que aconteceria com John? Por que não houve nenhum aviso?’”
Para sua surpresa, a viúva contou que havia sido avisada.
“Ela respondeu: ‘Disseram-me que ele estava em perigo em Nova York e que deveria ser removido imediatamente. É por isso que o enviei para Bermudas durante o verão. Mas eu não podia mantê-lo longe para sempre. Ele tinha que voltar em algum momento’.”
John Lennon e a relação com a morte
Como Mintz ficou “sem palavras” pela revelação, Ono explicou melhor a situação.
“Ela falou: ‘Você sabe como John se sentia sobre sua própria segurança. Nós conversamos sobre isso na mesa da cozinha quando seu amigo [o ator Sal Mineo] foi morto. John disse: ‘Se eles vão te pegar, eles vão te pegar.’ Não importava o que meus conselheiros me dissessem. Ele não acreditava em guarda-costas, ele não os toleraria. Ele queria ser livre.’”
John Lennon encontrou o destino fatal após ser baleado por Mark David Chapman em frente ao Edifício Dakota, onde morava em Nova York. O assassino segue preso até hoje.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.